sexta-feira, 10 de abril de 2009

A fundadora da ABAE

Maria Cristina Guimarães Brito, presidente e fundadora da ABAE, é mãe de Yuri Guimarães Brito, portador de paralisia cerebral e primeiro paciente a ser tratado através da Equoterapia na Bahia. A vontade de ver o filho ter uma vida normal fez Maria Cristina conhecer a equoterapia e implantá-la em Salvador.

A melhora surpreendente de Yuri que hoje trabalha na Petrobrás e acaba de graduar em publicidade e propaganda, estimulou a presidente a escrever dois livros sobre o assunto: Minha Caminhada1Equoterapia e Minha caminhada 2 Equoterapia.

O primeiro livro é fundamentado na questão familiar, a aceitação do filho especial, como lidar como essa criança, o envolvimento da família, as adaptações necessárias e as dificuldades de inserção na rede regular de ensino. Maria nunca aceitou que Yuri estudasse em uma escola especial. O segundo livro pincela um pouco a questão da família, traz a fundamentação técnica científica e expõe a visão de um neurologista sobre a Equoterapia. O livro aborda também pesquisas científicas e conceitos básicos da psicologia.

Maria Cristina também ministra palestras, participa de Congressos sobre a diversidade e a Equoterapia e é uma das pessoas mais respeitadas e conhecedoras do assunto no mundo.

ABAE - Associação Baiana de Equoterapia

A Associação Baiana de Equoterapia, ABAE, foi fundada no dia 16 de dezembro de 1997 pela pedagoga Maria Cristina Guimarães Brito e tem como missão “atender os portadores de necessidades especiais contribuindo para o estabelecimento de sua dignidade e exercício pleno de sua cidadania, assegurando o seu direito de ir e vir”.

A ABAE possui duas sedes em Salvador, a matriz fica localizada na Avenida Dorival Caymmi, sem número, no Parque de Exposição, junto ao Esquadrão da Polícia Montada, no bairro Itapuã. A matriz tem uma pista de equitação, uma sede administrativa, uma selaria e uma casa de reunião. Trabalham nesta unidade, um contador, uma médica pediatra supervisora, uma psicóloga, dois auxiliares de serviços gerais, dois técnicos, um coordenador administrativo, três terapeutas ocupacionais, dois fisioterapeutas e uma fonoaudióloga, somando um total de 13 profissionais.

A segunda sede da ABAE é a descentralização da equoterapia no Centro de Equoterapia Yuri Guimarães Brito, localizado na Avenida Silveira Martins, sem número, no bairro Cabula, no 19º Batalhão de Caçadores, 19 BC. O Centro, que recebeu este nome como forma de homenagear o precursor da equoterapia na Bahia, Yuri Guimarães Brito, possui uma sede administrativa, uma pista de Equoterapia e tem como funcionários, uma fisioterapeuta, um auxiliar administrativo e dois auxiliares gerais, contabilizando um total de quatro funcionários. As duas unidades da ABAE são administrada pela matriz, situada dentro da Polícia Montada e sua diretoria é constituida por mães que tem filhos especiais. "Cada integrante traz uma lição de vida"

A ABAE obtém, a partir de um convênio firmado com a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Município de Salvador, junto ao Governo Federal. Esse dinheiro é utilizado para o pagamento das despesas com funcionários, animais e as sedes da ABAE.

Para completar a renda, a ABAE presta aos sábados, sessões particulares. Os animais são cedidos pelo Esquadrão da Polícia Montada, que também é o responsável pelo tratamento dos animais (veterinários, rações, remédios). A ABAE existe graças a essa parceria, pois não seria possível para a Associação custear os gastos apenas com a verba que arrecada.

A ABAE atende atualmente 131 pessoas. A idade inicial para o tratamento é de dois anos, não havendo uma idade limite e tem uma fila de espera de mais de quinhentas pessoas. São atendidos pela ABAE, portadores de diversas deficiências, tais como: síndrome de down, paralisia cerebral, déficit de atenção e aneurisma.

A Associação atende também os pais e familiares dos pacientes, uma vez por mês a ABAE faz reuniões mensais com a presença de psicólogos que discutem temas diversos relacionados aos pacientes, e familiares. Isso ajuda tanto os pacientes que continuam o tratamento em casa, quanto os pais que possuem várias dúvidas e também precisam de ajuda psicológica.