quinta-feira, 28 de julho de 2016

Projeto leva crianças com paralisia cerebral à praia




ABAE - Associação Bahiana de Equoterapia é uma organização não-governamental que presta assistência especializada as crianças e adolescentes com deficiência e suas famílias com o acompanhamento de uma equipe interdisciplinar. A utilização do cavalo como recurso psicoeducacional e terapêutico não é uma descoberta recente.

Implantado no Brasil em 1989 pela Associação Nacional de Equoterapia com sede em Brasília, dois anos depois a Bahia se destaca com introdução deste método através da parceria estabelecida com a Polícia Militar/ Esquadrão de Polícia Montada e o apoio do Exercito Brasileiro/ Batalhão Pirajá - 19º-Batalhão de Caçadores oferecendo uma infraestrutura e logística para atendimento as pessoas carentes.

Yuri Guimarães Brito, sequelado pela paralisia cerebral faz o protagonismo do projeto, tornando uma realidade na Bahia há 24 anos. A entidade foi instituída por iniciativa de sua mãe, Maria Cristina Guimarães Brito, que hoje assume a superintendência da entidade, onde faz dedicação exclusiva a entidade junto ao presidente Raimundo Adalberto Lacerda com o propósito de expandir as ações sociais da entidade. Ela é coordenadora do projeto e enfatiza que agora é a vez do cavalo marinho... Vamos à Praia!

O projeto “ a importância da atividade lúdica na comunidade, para as crianças e adolescentes com deficiência visando a inclusão social” contemplado através de chamamento público pelo Fundo Municipal da Criança e do Adolescente,  Conselho Municipal da Criança e do Adolescente e Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate a Pobreza-SEMPS, vai possibilitar a entidade através da equipe interdisciplinar constituída por fisioterapeutas, psicóloga, psicomotricista, educador físico, professores e técnicos de apoio, desenvolver a Talassoterapia. A Talassoterapia – thalassa, ‘mar’, e terapia, ‘cura’ -, mesmo sem ser conhecida por este nome, já era praticada há pelo menos 4000 anos a.C. pelos chineses, que retiravam das algas vermelhas substâncias com poderes curativos. Algum tempo depois, romanos e gregos também perceberam o potencial marinho na cura de diversas enfermidades.

Mas é a Europa que se torna palco dos principais desenvolvimentos desta técnica. Neste continente surgiram, nos séculos XVII e XVIII, os primeiros textos sobre este tema; em 1778 apareceu um pioneiro Instituto de Talassoterapia, instituído por Louis Bagot. Por volta do século XIX, o Dr. Bonnardiere se torna responsável pela criação da expressão Talassoterapia. Mas quem proporciona alicerces científicos para esta terapia é o biólogo René Quinton. A partir deste momento, este procedimento se dissemina por todo o Planeta, embora em nosso país seja ainda pouco conhecido e explorado, especialmente se levarmos em conta o potencial marinho no cenário brasileiro.

O projeto está embasado na proposta sócio assistencial, educacional e terapêutico voltado para garantir os direitos da criança e do adolescente com deficiência e fortalecer a convivência familiar para o estabelecimento de vínculos na comunidade. A realização deste trabalho está fundamentado no atendimento no atendimento do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e a Convivência Familiar e Comunitária, ele parte da premissa sobre os benefícios e a influência que o meio social exerce sobre o sujeito e nas relações interpessoais sobre as crianças e adolescentes com deficiência e seus vínculos cm a comunidade em que vive.

Este modelo pioneiro do projeto da ABAE, se reporta aos benefícios adquiridos por Yuri, quando seus pais usufruíam dos recursos do mar para complementar o programa de reabilitação de seu filho, para a realização do treino de marcha, fortalecimento muscular, estímulos proprioceptivos além do banho de mar.

A ABAE vem se destacando nas ações sociais, possibilitando que as comunidades sejam assistidas dentro de um planejamento anual beneficiando as comunidades das praias de paripe (tubarão) itapuã, ondina, piatã e ribeira onde serão realizadas atividades lúdicas com o olhar terapêutico, o banho de mar assistido, a prática de stand up, futebol de areia, dentre outras atividades.

A entidade propõe o fortalecimento de suas ações buscando novas parcerias com as Universidades, através de diversas áreas do conhecimento, possibilitando os alunos um novo olhar do conhecimento acadêmico.

Fontes

http://cyberdiet.terra.com.br/ cyberdiet/colunas/030314_bel_thala.htm

http://www.naturologo.com.br/ praticas/talassoterapia.htm