terça-feira, 3 de novembro de 2009

Equoterapia melhora vida de pessoas com deficiência

Cotidiano
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Por Carolina Barretto


Pesquisas científicas comprovaram que a terapia com equinos tanto melhora a coordenação motora e psicomotora quanto proporciona sensação de independência, o que estimula a autoestima e autoconfiança em adultos e crianças com deficiência física e/ou mental ou distúrbios evolutivos ou comportamentais.
A equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo, por meio de uma abordagem interdisciplinar coordenada por profissionais, para a promoção da saúde, educação e inserção social destas pessoas, inclusive na Região Metropolitana de Salvador. A idade inicial para o tratamento é de dois anos e não há limite máximo de idade para começar.


O jovem Yuri Guimarães, que sofreu paralisia cerebral na infância, foi o primeiro paciente a ser tratado através da equoterapia na Bahia e, hoje, locomove-se e toca a vida normalmente. Quando Yuri ainda era criança, incentivada pela melhora surpreendente dele e motivada a dá-lo uma vida normal, sua mãe (Maria Cristina Guimarães) buscou implantar um núcleo para prestar serviços desta natureza no Estado. E, com a missão de atender a pessoas com limitações motoras e cerebrais, ela fundou uma sociedade civil, filantrópica e sem fins lucrativos chamada Associação Bahiana de Equoterapia (Abae) em 16 de dezembro de 1997.


Atualmente, 131 pessoas são assistidas pela Abae e há uma fila de espera com mais de 500 candidatos. Além do paciente, os pais e familiares recebem assistência, através de reuniões mediadas por psicólogos, realizadas uma vez por mês para discussão de temas diversos. Os candidatos que não podem custear a terapia passam por uma triagem, que inclui avaliação médica e exigência de comprovação da carência de recursos para pagar pelo serviço. Os aprovados contam com atendimento terapêutico gratuito até que melhorem as condições gerais. As sessões, neste caso, ocorrem às quintas-feiras pela manhã. Já as particulares são feitas aos sábados, mediante o pagamento da taxa de R$ 60.


A Abae possui duas sedes em Salvador (uma na Avenida Dorival Caymmi, s/nº, no Parque de Exposições-Itapuã, e outra na Avenida Silveira Martins, no 19º Batalhão de Caçadores, no Cabula). A matriz, em Itapuã, tem o apoio do Esquadrão da Polícia Montada, que cedeu os cavalos para o tratamento, enquanto a filial conta com auxílio do Exército Brasileiro. Cada unidade possui uma pista de equoterapia e uma equipe especializada. Ambas são administradas pela pedagoga e fundadora Maria Cristina Guimarães e por Adalgisa Batista Silveira, também mãe de um paciente.


Foto: Arquivo Abae

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