terça-feira, 2 de junho de 2009

Profissionais indicam Equoterapia

Crianças com postura incorreta, dificuldades em sustentar o tronco e equilibrar-se, decorrentes de patologias associadas à deficiência cerebral, como Síndrome de Down, autismo, Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA), ou ainda, pacientes que sofreram acidente vascular encefálico (AVE), encontraram um forte aliado na busca pela estabilidade emocional e física em um tratamento conhecido como Equoterapia.

Há 12 anos, a Associação Baiana de Equoterapia (ABAE-BA), aliada à Polícia Militar da Bahia (PM-BA), vem dando seguimento à prática até então incomum no estado. São 13 profissionais, divididos nas seguintes especialidades: fisioterapia, psicologia, Pedagogia, fonoaudiologia e terapia ocupacional, além dos 3 estagiários e dos auxiliares de apoio, que são os policiais militares cedidos pela Polícia Montada da Bahia.




A fonoaudióloga Andresa Marques, Colaboradora da ABAE há um ano e meio, observa ganhos neuroevolutivos significativos no tratamento equoterápico. “Podemos observar a celeridade na evolução terapêutica. Crianças com síndrome de Down e alteração do movimento oral, evoluem a intenção comunicativa, e já conseguem soltar beijo para o cavalo”, comenta empolgada.

Já o pedagogo Hugo Guimarães, que contribui para a ABAE há quatro anos, é trabalhado a parte cognitiva do paciente. São acompanhados a memorização, indicação do nível concentração, atenção percepção, memória e raciocínio. Através deste profissional é que é possível identificar, por exemplo, se uma criança pode ser inserida em uma rede de ensino convencional.

Caso a criança já esteja freqüentando uma instituição de ensino, o especialista trabalha junto à escola, com auxílio pedagógico. “O ambiente favorece bastante. É possível trabalhar a numeração, por exemplo, através da contagem dos cavalos e tudo o que compõe o cenário”, diz. “Na equoterapia, o trabalho tem que ser todo baseado na criatividade do profissional”, completa.
Pondo em prática as teorias aprendidas em sala, há ainda o apoio de estudantes de fisioterapia e psicologia do Centro Universitário da Bahia (FIB). “Mesmo sem atenderem sozinhos aos pacientes, eles tem fundamental importância no auxílio aos profissionais, e aprendem bastante colocando em prática os conhecimentos obtidos em sala de aula”, diz Maria Cristina.

Antes de elaborarem suas funções, os estudantes interessados assinam termo de voluntariado após visita, conhecimento e identificação com o trabalho. “E essa identificação é fundamental” reforça a presidente da ABAE, que avalia o trabalho feito com cavalos, um instrumento expressivo na busca por melhoras, o que inclui a promoção da auto-estima. ”O ambiente lúdico ajuda bastante no interesse terapêutico pelo paciente, que somada a outras terapias, consegue importantes resultados”, diz.

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